Como controlar a ansiedade na pandemia. A pandemia de Covid-19 trouxe uma série de desafios a serem enfrentados pela sociedade em uma escala global, como nunca antes tinha sido visto. Entre os diversos aspectos impactados pela crise sanitária planetária, um dos mais sensíveis diz respeito à saúde mental da população.

Além disso, mudanças bruscas de rotina provocadas pela pandemia, fizeram com que hábitos tivessem que ser readaptados ou até interrompidos por completo em alguns momentos, diversas questões de ordem psíquica e comportamental se sobressaem de maneira alarmante.

Do mesmo modo a adoção de ações preventivas ao redor do mundo para a contenção do vírus, como o distanciamento e o isolamento social, se tornou comum e até inevitável o aumento dos casos de indivíduos desenvolvendo sintomas ansiosos e depressivos desencadeados pela sensação de medo e incerteza diante da realidade atual.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. Os dados são de antes da pandemia. Durante o período de pandemia essa situação se agravou ainda mais, conforme mostram estudos desenvolvidos por universidades brasileiras.

Em pesquisa, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UEFJ) identificou um aumento de 90% nos casos de depressão no país, enquanto o número de pessoas com crises de ansiedade e sintomas de estresse agudo dobrou entre março e abril de 2020.

Já um estudo conduzido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) revelou que 80% da população brasileira se tornou mais ansiosa entre os meses de maio e julho de 2020.

Essa situação acaba tendo implicações naturais no mercado de trabalho, com cada vez mais equipes aderindo ao modelo remoto de atividade.

Entenda como a ansiedade pode se manifestar no trabalho remoto.

Principais sintomas da ansiedade nas equipes remotas

Compreendida como uma reação natural do organismo diante de situações cotidianas que provoquem nervosismo, inquietação, agitação, preocupação ou estresse, a ansiedade é algo normal e não configurado como uma doença.

Mesmo assim, se ela se apresentar em níveis irregulares, afetando negativamente o funcionamento da rotina, pode-se desencadear um quadro de transtorno de ansiedade, que aí sim é uma doença psiquiátrica que requer auxílio profissional.

Nesse sentido, o trabalho remoto, que impõe readequações particulares no modo de se trabalhar, associado aos medos e incertezas trazidos pela pandemia, acaba por ser mais um elemento potencialmente desencadeador de quadros de ansiedade se não for devidamente estruturado.

Diante de uma nova rotina, na qual os limites entre trabalho e vida pessoal podem não ficar muito claros, fazendo com que o cruzamento das obrigações profissionais e as atividades domésticas interfiram na capacidade mental de um indivíduo, alguns sintomas de ansiedade podem ficar mais evidentes.

Entre os principais, podem-se destacar os de caráter comportamental (como agressividade, irritabilidade e impulsividade), os de caráter cognitivo (como falta de memória, insônia e problemas de concentração), os emocionais (como nervosismo, paralisação e sensação de incapacidade) ou até os físicos (como dor de cabeça, tensão muscular, falta de ar, aumento da frequência respiratória) entre outros.

Como controlar a ansiedade na pandemia

Como controlar a ansiedade na pandemia – Observando os sinais de ansiedade

Cada indivíduo apresenta os seus próprios gatilhos emocionais, assim como diferentes formas de gerenciá-los.

De forma geral, como as crises de ansiedade podem se manifestar em variadas situações, para identificá-las é importante ter atenção a alguns fatores.

Um quadro de ansiedade pode ser identificado a partir da percepção sobre algumas alterações comportamentais, como problemas ao dormir, sensação de nervosismo excessivo ao se falar sobre o futuro, dificuldade de concentração, entre outras variáveis.

Como controlar a ansiedade na pandemia – Controlando a ansiedade

Em momentos extremamente adversos como o atual, é dever das empresas avaliarem e considerarem os impactos da ansiedade na rotina de suas equipes. Funcionários ansiosos dificilmente vão entregar os mesmos resultados de antes desse período. Dessa forma, é necessário reconhecer os sintomas geradores de esgotamento físico e mental dos profissionais, criando mecanismos de incentivo e de melhoria do ambiente de trabalho.

Uma das ferramentas viáveis para as empresas ajudarem a reduzir os quadros de ansiedade dos seus funcionários em trabalho remoto passa pela revisão de expectativas, no sentido de ponderar o que pode ou não ser entregue por um trabalhador em relação a metas e prazos.

O trabalho remoto também pode elevar a sensação de isolamento dos funcionários ansiosos. Logo, o ideal é que se intensifique a comunicação entre a equipe, mantendo contatos e informando com regularidade sobre expectativas e desempenho, o que tende a reduzir sensações de incerteza e medo entre os funcionários.

Assim, outros recursos ao alcance das empresas para afastar os seus colaboradores de situações de ansiedade no home office passam pela flexibilização de horários, estímulo à prática de exercícios físicos e até iniciativas de interação e descontração entre os funcionários.

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