Comunicação não violenta – como manter uma boa comunicação em tempos de pandemia. “Como sempre, você esqueceu de imprimir os relatórios.” “Vamos ver se dessa vez você faz certo.” Você conhece alguém que sempre tem uma crítica ou reclamação em suas falas, mesmo que discretamente? Essa pessoa se comunica de maneira violenta, o que é prejudicial para ela mesma, para a pessoa com quem ela está falando e, principalmente, para o contexto em que estão inseridas — seja familiar, amoroso ou de trabalho, por exemplo.

Neste artigo, vamos entender como funciona o método oposto: a comunicação não-violenta, que tem melhorado as relações de trabalho, trazido mais bem-estar aos colaboradores e aumentado a produtividade das equipes. Confira!

Afinal, o que é a comunicação não- violenta?

A comunicação não-violenta (CNV), também chamada de comunicação compassiva ou empática, é uma forma mais aberta e “desarmada” de se comunicar. Seu objetivo principal é passar uma mensagem de maneira pacífica e empática, o que acaba por melhorar também a compreensão e resposta àquela fala.

O conceito foi idealizado pelo psicólogo norte americano Marshall Rosenberg, nos anos 60. A base da comunicação não-violenta se dá através de 4 pilares importantes:

  1. Observação;
  2. Sentimento;
  3. Necessidade;
  4. Pedido.

Comunicação não violenta – como manter uma boa comunicação em tempos de pandemia

Comunicação não-violenta na prática

Com exemplos, fica mais fácil de entender: imagine um funcionário que vive chegando atrasado no trabalho. Você pode falar “De novo atrasado, Fernando? Assim fica difícil!”, numa comunicação do tipo violenta.

Por mais que não seja uma fala ofensiva em si, concorda que é carregada de julgamento e negatividade? De acordo com o CVV — Centro de Valorização À Vida — ao ouvir a fala, o colaborador provavelmente vai ficar irritado e ativar sistemas de defesa para justificar seu erro, mesmo que só em pensamento. Após esse tipo de crítica, ele dificilmente vai reconhecer seu erro e procurar melhorar.

Já uma forma não-violenta de dar um feedback a mesma situação poderia ser: “Fernando, quando você se atrasa, eu sinto que não está tão comprometido com o trabalho aqui na empresa e precisamos da ajuda de todos para alcançarmos os resultados que traçamos. Posso contar com você no horário certo das próximas vezes?”.

Neste exemplo, podemos identificar claramente que a fala começa com uma observação, expressa um sentimento, fala sobre uma necessidade e conclui com um pedido. Percebe como ela passa a mesma mensagem que no exemplo anterior, mas de forma mais pacífica e respeitosa?

O receptor da mensagem não se sente atacado pela crítica e consegue entender por que ela é necessária. Assim, além de se sentir mais respeitado no ambiente de trabalho, tem maiores chances de responder positivamente ao pedido.

Comunicação não violenta na pandemia

Praticamente qualquer coisa pode influenciar nossa forma de se comunicar, sejam fatores positivos ou negativos, internos ou externos. Quando os filhos nos estressam de manhã, por exemplo, temos uma tendência maior a nos comunicarmos de forma violenta no trabalho.

Agora, imagine só como a pandemia prejudicou as relações humanas. Novas formas de trabalhar, medo, inseguranças, limitação de liberdade e lazer, tudo isso nos levou a uma espécie de estresse crônico, que refletiu em nossos relacionamentos, em especial os de trabalho. Por isso, separamos algumas dicas para manter a comunicação não- violenta mesmo em tempos de pandemia:

  • Todos estamos angustiados com a pandemia e cada um reage de uma forma. Por isso, converse com as pessoas sem pré-julgamentos ou conceitos de certo e errado;
  • Se a pessoa falar de maneira violenta, tente identificar os sentimentos e necessidades por trás de sua fala e alinhá-los;
  • Coloque-se no lugar da pessoa com quem está conversando, praticando a empatia;
  • Troque o tom acusatório pela comunicação clara de seus sentimentos e necessidades;
  • Respeite a individualidade de cada caso e não faça comparações entre pessoas, empresas e situações no geral.

Que tal implantar essas dicas e melhorar não só o bem-estar, como também a produtividade da empresa? Confira nosso site para conhecer produtos e soluções empresariais para alavancar seu negócio!